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O tarifaço de Campos do Jordão: Estância cobra pedágio turístico e outras cidades seguem o exemplo.

A partir de 2026, o município de Campos do Jordão aprovou uma taxa diária para turistas. A cobrança será feita por veículo nos valores de R$ 13,34 para carros, R$ 6,67 para motos e R$ 246,79 para ônibus. A medida aprovada pela Câmara Municipal deve gerar cerca de R$ 30 milhões anuais, destinados a limpeza urbana, desassoreamento de rios, educação ambiental e construção de banheiros públicos. Outros destinos de São Paulo avaliam iniciativas semelhantes. Em Ilhabela, a taxa para automóveis será de R$ 48 por dia, com arrecadação prevista de R$ 45 milhões anuais. São Sebastião estuda cobrança de R$ 20, mas com isenções para veículos locais e visitas curtas. Já o Guarujá planeja vincular a taxa à sua Unidade Fiscal, proporcional ao tempo de permanência, enquanto Aparecida propõe valores de R$ 10,01 por carro e R$ 70,11 para ônibus. A tendência segue experiências já em curso no país. Ubatuba arrecadou R$ 119,3 milhões entre 2023 e 2025 com sua Taxa de Preservação Ambiental. Em Fernando de Noronha, o custo é mais elevado, de R$ 101,33 por visitante por dia, consolidando a prática de monetizar a compensação ambiental em destinos de grande fluxo. Embora reforcem a receita municipal, as taxas podem alterar o perfil de turistas. Os municípios buscam equilibrar sustentabilidade financeira e preservação ambiental, porém, correm o risco de enfrentar resistências do setor hoteleiro e questionamentos jurídicos sobre a legalidade do tributo, que precisa estar vinculado a serviços específicos prestados ao visitante. Fontes: Exame, Folha de S.Paulo, Valor Econômico